sábado, 17 de setembro de 2011

Hello, stranger.



" - Eu te amo.
- Onde? Me mostra! Onde está esse amor? Eu não consigo vê-lo, tocá-lo, senti-lo. Consigo ouvir algumas palavras, mas não posso fazer nada com suas palavras fáceis… Seja lá o que disser, está tarde demais! Eu não te amo mais.
- Quando você descobriu isso?
- Agorinha mesmo…  Eu teria te amado pra sempre."


do filme, Closer - Perto Demais

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Não venham me dizer que não é racismo

Ator Rodrigo Lombardi
Está rolando uma polêmica desde o último domingo,  que vem sendo fortemente difundida pelas redes sociais, a respeito do comentário feito pelo ator Rodrigo Lombardi na final do quadro Danças dos Famosos do Programa Domingão do Faustão. 

Ao avaliar a apresentação do ator Miguel Roncato, o ganhador da competição, Lombardi teria comparado a performance dele a do cantor e dançarino americano Sammy Davis Jr, comentando que o músico era "um cara negro, caolho, com um metro e cinquenta, que quando entrava no palco saía com dois metros de altura, loiro e de olho azul". Isso, pelo visto, na cabeça do intérprete de Herculano Quintanilha e de algumas outras pessoas isso teria sido uma espécie de “elogio”.

Mas porque o negro, caolho e baixinho, precisa se transformar em um cara de dois metros de altura e com ares de ascendência alemã para ser considerado bom? Sinceramente, não queiram vir me dizer que isso não é racismo. Não venham me falar que ele não carrega o ranço da escravidão, na qual um negro não pode ser bom, não pode ser destaque, não pode brilhar. Não venham querer me convencer que foi apenas um comentário impensado.

Sammy Davis Jr
Infelizmente, o povo do nosso país não teve a mesma lição que os americanos. Pois nos Estados Unidos foi preciso lutar contra o racismo de fato e de direito. E  hoje, no solo americano, um comentário como esse geraria um belo processo e a obrigação de uma retratação pública por parte do ator. Aqui, o mito da democracia racial reproduz discursos como o de Lombardi no Domingão. E, ainda por cima, faz com que  as pessoas não consigam enxergar o quanto é perverso e preconceituoso que para merecer aplausos alguém precise adquirir aspectos ligados a um padrão de beleza que não tem nada a ver com a realidade de nosso país. 

O racismo é assim, ele se camufla numa fala qualquer de um ator global em pleno domingo de tarde. Você pode começar a cair na real ou continuar sentado vendo isso.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Os homens e suas varinhas mágicas

Eu tento, porém simplesmente não consigo entender porque alguns homens sofrem do que eu resolvi apelidar de “complexo de mágico”. Eles acham que basta sacudir suas varinhas – e na maioria das vezes são varinhas mesmo – que tchan tchan tchan tchan: surgirá uma mulher louca para dar pra eles.

E por isso, enquanto eu não consigo uma carteira falsa do Conselho Regional de Psicologia para sair por aí medicando esses loucos que se acham o primeiro biscoito do pacote (já que o último biscoito sempre fica meio mole ou esfarelado) só me resta dizer que, por mais que o mundo venha sendo muito injusto com a minha classe -  tanto em quantidade quanto em qualidade - ainda assim, nem toda mulher vive a mercê do desejo e da disponibilidade dos homens. Pois é, acordem e deixem de achar que o centro do mundo fica dentro da sua cueca. Porque não fica.

Portanto, meus caros, pelo amor de deus, parem de aparecer do nada às segundas-feiras quando os motéis são mais baratos, parem de querer reatar o namoro quando perdem o emprego ou quando estão sem carro, parem de mandar torpedos às 3 h da madrugada depois de tomar toda a cachaça do mundo e não ter condições nem de fazer um sexo meia-boca, parem de ligar quando brigam com suas namoradinhas e querem encontrar alguém que tope transar no carro do primo, na escada do prédio ou na casa da avó. PAREM, PAREM, PAREM!

Por mais idiotas que vocês consigam pensar que nós somos, toda mulher sabe exatamente quando é prioridade e quando é uma opção. E, se de vez em quando a gente resolve atender a uma investida no sense de vocês, é pelo nosso próprio desejo, pelas nossas vontades. Esqueça esse lance de que é só você bater os dedos que fulana vai, porque ela não vai, eu não vou e um dia desses ninguém irá.