domingo, 15 de julho de 2012

Não dá certo e eu escrevo esse texto


Ontem fazendo uma faxina no meu email encontrei aquela foto nossa. A única que temos. A única imagem existente do que fomos nós. Senti um milhão de coisas estranhas e uma súbita vontade de te procurar. Lembrei que outro dia, conversando com uma amiga minha, ela me perguntou se eu não tinha vontade de saber como você está. Apesar de não te ver há muito tempo, eu sei exatamente como você está. Casado, feliz e com um filho lindo. Exatamente como eu sempre imaginei que seria sua vida. A vida na qual eu nunca ia caber. Mas na hora que eu abri aquele email e vi a nossa foto, foi como se um mundo parasse por alguns segundos, porque a imagem da gente apagou da minha cabeça a imagem de você hoje com família, com mulher e eu quis saber de você.  Você de qualquer jeito. Coloquei pra tocar a nossa playlist. Aquelas músicas que me faziam me sentir tão feliz, abriram um buraco no meu coração. E escrevo essas coisas que você nunca vai ler, porque você nunca leu nada que eu escrevi sobre mim, sobre você ou sobre tudo que a gente viveu e nunca vai ler. Porque eu não dava na sua vida e simplesmente deixei de existir nela. Então de que importa o que eu escrevo? Você também nunca vai sentir o que eu senti ontem ao abrir nossa foto, porque você não deve tê-la. Porque a imagem do que a gente era não tem nada a ver com o que você é. Então eu desisto de querer saber de você porque aquilo que existia lá naquela foto, não existe mais, nem em mim, nem em você. Porque quando ouço aquelas músicas que você me fazia ouvir exaustivamente eu sinto que até elas perderam o sentido e agora me machucam. Não há porque querer voltar a ser o que nunca deveria ter sido. Por isso mando nossa foto pra lixeira, mudo a música e tento não pensar mais nisso. Mas não dá certo e eu escrevo esse texto.

sábado, 7 de julho de 2012

Quanto mais idiota melhor


As coisas que me irritam me inspiram. Isso já é um fato consumado em minha vida. Adoro falar do que não gosto. E se teve uma coisa que me irritou foi a estreia do programa de Pedro Bial, na Rede Globo ontem.  Como desde as chamadas eu já não estava gostando nada do rumo da prosa, resolvi assistir para não emitir nenhuma opinião precipitada. Pobre de mim, perdi meu tempo e confirmei o que já era perceptível. Mais uma dose de merda na grade da maior emissora da América Latina.

O tal do Na Moral, consegue ser praticamente tão imbecil quanto o reality apresentado pelo jornalista que, em outros tempos se consagrou em reportagens como a queda do muro de Berlim. No caso de Bial, não é o passado que o condena, mas o seu presente. Um programa com uma estrutura desencontrada – parece que virou moda na Globo vide os encontros matinais da ex- apresentadora do telejornal mais assistido da TV brasileira - que tratou temas sérios como racismo, assédio moral e etc, sem a menor responsabilidade e por vezes, até como piada.

Uma plateia muda, uma mulher que nunca soube dizer se era humorista ou atriz, um cantor negro que se vestiu de gorila num clipe e acha que isso não passa de uma brincadeira, umas externas que nada diziam... Meu deus! O que essa gente quer? Onde pretende chegar um cara que nos últimos dez anos passa meses comandando um programa no qual as pessoas se exibem 24 horas feito bichos de zoologico?

Não sei em qual bueiro, fossa ou lixão vai parar a qualidade da televisão desse país. Me irritei e escrevi. Fora me inspirar a postar no meu blog, o programa novo de Pedro Bial não serviu para absolutamente nada.