domingo, 12 de agosto de 2012

O mundo está ao contrário de ninguém reparou


Quis a vida que eu fosse parar no mundo do varejo. E como sou bem obediente, lá estou eu,todos os dias convivendo com todos - todos mesmo – tipos de pessoas. Praticando exercícios de paciência, simpatia, cordialidade e graças aos seres e às situações que por lá aparecem, aprendendo muitas coisas.

Nesse ínterim, uma das coisas que mais tenho percebido é o quanto o mundo realmente está mudado e em alguns sentidos, mudado pra pior, bem pior. Ao contrário, virado pelo avesso. Por exemplo, depois de muita luta de muitas mulheres para que nós nos tornássemos independentes, tivéssemos direito a usar calças e sair para trabalhar, votar, poder transar antes do casamento, tomar pílula, etc e tal as fêmeas da minha espécie, numa inversão escancarada e quase doentia de valores, tem preferido se gabar justamente do contrário. Já não aguento mais ver mulheres que ficam se vangloriando de ter as contas pagas por seus machos. Não aguento mais ver mulheres impedidas de comprar porque não tiveram a aprovação dos homens com quem se deitam. Me poupem!

Antes que me ataquem, calma gente! Não estou querendo dizer que sou daquelas que pega a calculadora e divide a conta em 50% pra cada toda vez que sai com o cara. Mas daí a sair por aí afirmando orgulhosamente que o namorado paga até o absorvente e só faltar beijar os pés dos amados por isso, é ridículo demais pra minha cabeça. 

Acho que a submissão voluntária é um milhão de vezes mais nociva do que a que vejo quando assisto aos capítulos de Gabriela (que tem um texto escrito por Jorge Amado e questionava justamente  essa submissão há quase 60 anos). Esse prazer em ser sustentada pelos homens, que algumas mulheres sentem e externam com a maior naturalidade é a constatação cruel do quanto temos andado pra trás, feito caranguejos. Não quero que ninguém saia por aí bancando o próximo carinha que beijar na balada, mas daí a resumir a alegria da vida em ter ao lado um homem que banca tudo (por sinal, geralmente um tudo que é quase nada) é tão limitado.

Acho que quem valoriza a liberdade como um bem, se sente desconfortável com a ideia de depender de alguém para fazer uma escova no cabelo, comprar uma calça jeans, ou pagar um prato de comida, um ingresso ou outras coisas do tipo. Eu gosto de ser livre. Gosto de escolher o mais caro de vez em quando, adoro comprar, gastar,  detesto ter que pedir, acho humilhante, acho feio e me incomoda que tanta gente ache isso bonito.

domingo, 15 de julho de 2012

Não dá certo e eu escrevo esse texto


Ontem fazendo uma faxina no meu email encontrei aquela foto nossa. A única que temos. A única imagem existente do que fomos nós. Senti um milhão de coisas estranhas e uma súbita vontade de te procurar. Lembrei que outro dia, conversando com uma amiga minha, ela me perguntou se eu não tinha vontade de saber como você está. Apesar de não te ver há muito tempo, eu sei exatamente como você está. Casado, feliz e com um filho lindo. Exatamente como eu sempre imaginei que seria sua vida. A vida na qual eu nunca ia caber. Mas na hora que eu abri aquele email e vi a nossa foto, foi como se um mundo parasse por alguns segundos, porque a imagem da gente apagou da minha cabeça a imagem de você hoje com família, com mulher e eu quis saber de você.  Você de qualquer jeito. Coloquei pra tocar a nossa playlist. Aquelas músicas que me faziam me sentir tão feliz, abriram um buraco no meu coração. E escrevo essas coisas que você nunca vai ler, porque você nunca leu nada que eu escrevi sobre mim, sobre você ou sobre tudo que a gente viveu e nunca vai ler. Porque eu não dava na sua vida e simplesmente deixei de existir nela. Então de que importa o que eu escrevo? Você também nunca vai sentir o que eu senti ontem ao abrir nossa foto, porque você não deve tê-la. Porque a imagem do que a gente era não tem nada a ver com o que você é. Então eu desisto de querer saber de você porque aquilo que existia lá naquela foto, não existe mais, nem em mim, nem em você. Porque quando ouço aquelas músicas que você me fazia ouvir exaustivamente eu sinto que até elas perderam o sentido e agora me machucam. Não há porque querer voltar a ser o que nunca deveria ter sido. Por isso mando nossa foto pra lixeira, mudo a música e tento não pensar mais nisso. Mas não dá certo e eu escrevo esse texto.

sábado, 7 de julho de 2012

Quanto mais idiota melhor


As coisas que me irritam me inspiram. Isso já é um fato consumado em minha vida. Adoro falar do que não gosto. E se teve uma coisa que me irritou foi a estreia do programa de Pedro Bial, na Rede Globo ontem.  Como desde as chamadas eu já não estava gostando nada do rumo da prosa, resolvi assistir para não emitir nenhuma opinião precipitada. Pobre de mim, perdi meu tempo e confirmei o que já era perceptível. Mais uma dose de merda na grade da maior emissora da América Latina.

O tal do Na Moral, consegue ser praticamente tão imbecil quanto o reality apresentado pelo jornalista que, em outros tempos se consagrou em reportagens como a queda do muro de Berlim. No caso de Bial, não é o passado que o condena, mas o seu presente. Um programa com uma estrutura desencontrada – parece que virou moda na Globo vide os encontros matinais da ex- apresentadora do telejornal mais assistido da TV brasileira - que tratou temas sérios como racismo, assédio moral e etc, sem a menor responsabilidade e por vezes, até como piada.

Uma plateia muda, uma mulher que nunca soube dizer se era humorista ou atriz, um cantor negro que se vestiu de gorila num clipe e acha que isso não passa de uma brincadeira, umas externas que nada diziam... Meu deus! O que essa gente quer? Onde pretende chegar um cara que nos últimos dez anos passa meses comandando um programa no qual as pessoas se exibem 24 horas feito bichos de zoologico?

Não sei em qual bueiro, fossa ou lixão vai parar a qualidade da televisão desse país. Me irritei e escrevi. Fora me inspirar a postar no meu blog, o programa novo de Pedro Bial não serviu para absolutamente nada.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Sim, você precisa passar por isso!


Semana passada perdi meu sono mais uma vez quando, durante uma zapeada pela TV, encontrei o filme Ensaio sobre cegueira bem no começo. Não poderia perder pela terceira vez a chance de assistir aquela que, para mim, é uma das melhores adaptações cinematográficas de uma obra literária.

Dentre as tantas reflexões que me faço desde que li o livro, a cegueira branca da obra de Saramago, que leva homens e mulheres a barbárie, já que nada pode ser mais insuportável aos seres humanos carregados de preconceitos do que se encontrarem todos iguais - e para piorar, iguais diante de um caos -  se fez necessária, para que aqueles que foram acometidos por ela, tivessem aprendizados que jamais seriam possíveis caso estivessem enxergando.

Foi bom ter revisto o filme, salvo o fato de só ter conseguido pegar no sono à s 5h da manhã (uma hora depois que ele acabou), porque Saramago, seja numa frase ou numa imagem na tela da TV sempre mexe com muitas e muitas coisas dentro de mim. Ensaio sobre cegueira e suas tantas mensagens me fez pensar um pouco mais sobre algo que tem servido como uma espécie de mantra nesse momento da minha vida: Sim, nós precisamos passar por determinadas coisas.

Sabe aqueles fases que você se pergunta: por que isso tem que acontecer comigo? A gente roga desesperado tentando entender qual o mecanismo, qual a dívida, qual a justificativa para que a vida simplesmente não esteja acontecendo da maneira que a gente supõe que deve acontecer. Passei muito tempo assim nos últimos dois anos. A gente se sente castigado, injustiçado, revoltado, infeliz, desesperado pelo simples fato de que não conseguimos encarar que em certos momentos as coisas precisam simplesmente acontecer ao modo delas, ou seja, difíceis, tortuosas, demoradas, quase que impossíveis. A vida de ninguém pode ser um roteiro com um checklist repleto de OK. 

A gente precisa passar por isso, a gente merece passar por isso. Muitas vezes é a única forma que temos de aprender, de valorizar, de mudar, de amadurecer. Se tudo funcionasse perfeitamente, se tudo desse certo, se a gente não perdesse um avião, um emprego, um amor, um amigo, um pai ou uma mãe, talvez a gente não estivesse pronto para ganhar lá na frente, talvez a gente jamais se movesse para não voltar a perder.

Calma, eu não virei a rainha do otimismo. Aliás, eu nem teria por que. Continuo pé no chão, regida por um signo de terra que não me permite perder a noção na realidade nunca. Mas descobri que certas coisas, nós só aprendemos na dor, não tem jeito. Tem que doer, a gente tem que chorar até esvaziar a alma e encher o peito de coragem para encarar seja lá o que vier depois. A solidão, o desemprego, a falta de dinheiro, os pesos a mais ou a menos, um não, as pessoas que somem e as que chegam ou permanecem, tudo tem um sentido lá na frente. Vale para aprender e depois a gente acaba agradecendo por ter vivido.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Voltando a mim


Espanador, vassoura e pano de chão a postos, estou de volta. Resolvi tirar a poeira das palavras e voltar a escrever nesse blog, ou pelo menos tentar. Estou aqui fazendo um pacto comigo mesma e com você, caro leitor lindo - se é que ainda tem alguém aí fora minha mãe - de que pelo menos um texto por semana vai rolar aqui nesse Edifício que anda completamente desabitado, devido a todas as mudanças pelas quais venho passando nesses últimos meses.

Com minha mudança para a cidade maravilhosa precisei começar uma nova fase, com gente nova, lugares novos, hábitos novos, precisei me adaptar a muitas coisas, precisei curtir o Rio com gosto, pensar mais sobre minha vida, meus rumos,minhas escolhas, arrumar um trabalho, blá, blá, blá. Tudo isso, acabou me afastando desse meu cantinho no meio desse mundo cada dia mais doido.

Não sei como consegui ficar calada diante de acontecimentos importantes como as votações a respeito do aborto, das cotas e  ou assuntos idiotas como da insuportavelmente comentada nudez (novidade) hakiada de Carolina Dieckman. É muito assunto que passou sedento por um comentário meu, mas a partir de hoje, nem um fato, caso ou sentimento passará abatido. Voltei pra essa casa para ficar. Sacudi os lençóis e voltei a mim. Esse edifício é mesmo o melhor lugar para eu me aconchegar e reencontrar aquela pessoinha sarcástica, ácida, mas também um pouco boba e feliz.

Vamo que vamo!

domingo, 11 de março de 2012

Talvez...

‎"Talvez os nossos erros escrevam nossos destinos. Se não, o que mais faria nossas vidas? Talvez se nunca mudássemos de direção, jamais nos apaixonaríamos, ou teríamos bebês, ou seríamos quem somos, afinal de contas, as estações mudam,as cidades também. As pessoas entram e saem de sua vida, mas é bom saber que quem se ama está sempre no seu coração. E, se você tiver sorte, a um vôo de distância."

da série Sex and the city

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A vida resumida


Assisti ontem o primeiro episódio da série ‘Quem é meu pai?’ do programa Fantástico. Pra quem não viu, resumindo: o quadro pretende acompanhar semana após semana a saga de alguns dos 3,5 milhões de brasileiros – dados do programa – que não possuem o nome do pai em suas certidões de nascimento e querem porque querem passar a carregar os Santos, Silvas, Souzas e etc de seus progenitores. Se você não assistiu, eu assisti e só pra variar, não gostei.

Pra mim, o quadro já começa errando pelo título. Por que em vez de perguntar quem é o pai, o quadro não pergunta por que o pai não registrou o filho? Seria uma boa maneira de tocar em um assunto que geralmente (vejam bem que não estou generalizando) começa por uma ideia machista de que a gravidez, quando indesejada, torna-se uma responsabilidade exclusiva das mulheres. Mas, sabe como é, né? Vamos apagar as causas e pular logo pras conseqüências porque na TV time is money mais do que em qualquer outro lugar. 

Assim, em vez de começar as histórias pelo começo, o Fantástico corta caminho, começa pelo fim e acompanha simultaneamente duas audiências de um projeto do Judiciário chamado “Pai presente” que permite investigação de paternidade gratuita aos brasileiros que estão a fim de somar mais um sobrenome a seus documentos. Mas então é isso, produção? Ter um pai presente é carregar um Ferreira no final do nome? 

Então o meu conceito de pai deve estar completamente equivocado, talvez porque eu acho que mesmo que se hoje a justiça através de um exame de DNA obrigue um pai  a pôr seu sobrenome após o nome de seus filhos não se reconstitui a história. Então se o trabalho dos juízes é forçar um homem a enfiar um nome a mais na certidão de uma criança, sinto muito, mas isso resolve muito pouco ou quase nada.

Fora isso, achei curioso que nas duas histórias verídicas acompanhadas pelo Fantástico, as mães dos personagens não foram ouvidas. Em uma das histórias a mãe nem mesmo foi citada, como se não existisse alguém que bem provavelmente se responsabilizou por suprir todos os vazios decorrentes do segundo domingo de agosto, dos comerciais de margarina e de tudo mais que é feito por um mundo perverso que esfrega na cara das pessoas que há algo errado em não se ter um pai.

Juro que passei o quadro inteiro me perguntando indignada sobre o porquê não deram vozes as mulheres que geraram aquelas duas pessoas. Não consegui entender porque o reencontro com o pai que abandona (hipótese maldosa, mas bem realista) não podia ter a presença da mãe presente que sabe deus o que tanto fez para transformar aqueles dois em pessoas e para que inclusive, hoje eles pudessem diante das câmeras globais chorarem copiosamente ao abraçar homens completamente estranhos e alheios à suas histórias. Homens dos quais carregam apenas genes.

É como se a vida fosse resumida a genética e os laços afetivos que são cultivados desde a gravidez, passam pelas cólicas e febres nas madrugadas, aniversários, formaturas, casamentos e todas as outras derrotas e vitórias que permeiam a nossa existência não valessem de nada. A falta de um nome nos documentos é muito pouco diante da porção de outras coisas que podem ser sentidas pela ausência de um pai. Não adianta.

Que venha o próximo domingo. 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A terra de ninguém

Sabe aquela mulher linda que faz questão de se tornar feia? Aquela deusa que sem muito esforço se tornaria o desejo de qualquer homem ou mulher, mas que sabe deus porque  se traveste de cruzamento de cruz credo com cavalo do cão e sai na rua com um corte de cabelo que parece ter sido feito por navalha cega e com maquiagem de quem vai roubar o emprego dos palhaços Patati Patatá? 

Essa é a Bahia. Uma mulher linda e desejável que resolveu se enfeiar ao máximo para o resto do mundo. Um estado rico, repleto de belezas naturais e com uma diversidade cultural que faz inveja a muita gente, mas que embrulha tudo isso e joga no lixo sem dó, nem piedade.  Perdeu fácil como destino turístico para cidades muito menos desejáveis quem não tem um terço do que há por aqui e envergonha qualquer baiano que vai ali do lado, em Aracaju.

Salvador, sua capital, tem sido o quartel general do desgoverno e da falta de tudo, principalmente de respeito por uma população que agoniza nas filas dos hospitais, dos ônibus, dos desempregados, dos mortos de fome e de tudo mais que dependa daqueles que foram eleitos nas urnas para fazer as coisas darem certo e não fazem nada. Aliás fazem, cumprem com esmero a função de acabar com a cidade.  Uma grande lixeira a céu aberto enfiada em um buraco, aliás, em vários buracos que viraram característica da paisagem da cidade, sem calçadas e sem asfalto. Deve ser por isso que o prefeito fujão estava ontem correndo em Copacabana, porque lá se tem onde correr, enquanto aqui só se tem onde morrer, já que em apenas uma madrugada se consegue ter mais mortes do que um mês inteiro.

O terror instaurado pela greve dos policiares militares que começou há dois dias é só uma demonstração de onde vai dar esse bolo que não para de crescer e que está recheado pelas legiões de pedintes que enfeitam como suvenires todos os cantos da cidade guiados pelo crack que conseguiu transformar a paisagem do Centro Histórico, pelas crianças analfabetas e esfomeadas entregues a estudantes de pedagogia que sem nenhum preparo são jogadas dentro de arremedos de salas de aula, pelo medo de sair de casa todos os dias para trabalhar e não conseguir voltar vitimado por um assalto ou mesmo por uma polícia que cega a murro os cidadãos. Esse caos é só uma amostra de que o fim de mundo já chegou aqui, pois o cenário atual da velha Bahia é igualzinho ao de qualquer filme apocalíptico baseado na pior das piores profecias.

* as imagens utilizadas nesse texto foram retiradas do facebook 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A diferença entre amar e dizer que ama

O que é o amor? Você que estiver lendo isso vai logo pensar: “ o que é que Daza quer? Mal nos curamos das ressacas de fim de ano e você já vem fazendo essas suas perguntas absurdas”. Ok, leitoras e leitores do meu Brasil, vocês não precisam ter na ponta da língua uma  resposta para o meu questionamento. Até porque nem eu mesma sei dizer o significado dessa palavrinha de quatro letras. E nem tenho estrutura para tentar explicar aqui nesse humilde blog o que viria a ser esse sentimento. 

Mas como mesmo quando eu não sei a resposta pra uma coisa, eu sei o que não responderia a pergunta, eu digo: amar não é dizer que ama e tenho dito. Não sei se é porque a gente está vivendo uma vida cada dia mais pra os outros do que pra nós que a gente acabou perdendo a noção das coisas e embananando os sentimentos que nunca foram lá tão arrumadinhos. Numa época em que as coisas mais importantes que passam pela sua cabeça ou que acontecem em sua vida precisam ser ditas o tempo inteiro pra todo mundo, amar tem se resumido a simplesmente dizer: eu te amo. Não importa se via sms, tweet, RT, DM, S2, etc, etc. Amar para os outros se tornou mais importante do que amar os outros.

Esse mundo é tão maluco que chegamos ao ponto da pessoa sacanear a outra ao máximo e tentar resolver tudo postando uma foto no mural com uma citação de Caio F. Abreu embaixo. O que você sente pensa e faz perdeu a importância. O que realmente tem valor é o que você mostra que sente, mostra que pensa e mostra que faz.  O que importa é estar em um relacionamento sério no facebook.

Eu vou continuar não sabendo o que é amor talvez a minha vida inteira. Porém continuarei certa de que amar não tem nada a ver com palavras. As palavras são bonitas, enchem nossos ouvidos e eu já cansei de dizer o quanto me encanto por elas, mas a ações, essas sim comprovam o amor em seu estado nato e apenas a quem realmente interessa.