Ainda que pareça inacreditável, a chuva fina cessou assim que Ivete subiu ao palco – relativamente - pequeno palco montado na Praça Cayru, que jamais tinha sido utilizada para shows dessa proporção e de nenhuma outra. E eu diria que além de ter Jesus (Sangalo) no comando dos seus passos, a baiana deve ter simpatia com outras entidades religiosas, pois nenhum pingo de chuva ousou a cair do céu para atrapalhar seu espetáculo, que estava sendo divulgada por aí como o grande presente de Ivete para a cidade. Pois, como dizem os mais velhos, ela não dá um ponto sem nó.
Não bastasse ter conseguido colocar em pleno Comércio, os figurinos, o piano, o elevador e até os balões que a fizeram levitar como no Madson Square Garden; Ivete, seus patrocinadores e sua equipe ainda trouxeram Seu Jorge de terno e gravata em plena capital baiana – exatamente como em Nova York – e o argentino Diego Torres, para fazerem os respectivos duetos gravados no DVD. DVD este que, por sinal, a despeito de toda a pirataria fortemente empreendida nesse país, já vendeu mais de meio milhão de cópias. Dá pra acreditar?
Assim sendo, hoje não faltaram textos na imprensa falada, escrita e televisionada, ovacionando o brilho da cantora do momento em seu extraordinário show na terra da felicidade. Eu mesma, tendo estado lá, devo confessar que salvo pela falta de iluminação nas transversais ao local onde acontecia o evento, não há do que se reclamar da apresentação. Com um público estimado de mais de 100 mil pessoas, não vi uma briga sequer e nenhum relato de furto. Havia espaço para todos os públicos e realmente vi gente de todas as tribos e, a presença de Ivete Sangalo no palco é indiscutivelmente uma mistura acertada de carisma e profissionalismo. É por isso que assim como ontem, todo dia tem sido dia de Ivete.
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