Cinco de junho é o dia do meio ambiente. Porém, ninguém se lembra muito bem disso, porque todo mundo está mais preocupado com o fim do semestre, as festas juninas ou essa coisa de Dia dos Namorados. OK, ninguém precisa passar o dia abraçado a uma árvore ou bancar a Brigitte Bardot e largar tudo para salvar as focas. Mas, temos todos obrigação de tentar uma vida minimamente sustentável e de, ao menos, andar a par do que as pessoas maravilhosas que nós elegemos andam decidindo no que diz respeito ao meio ambiente. Porque, caso o mundo não acabe em 2012 - como garantem as profecias – ele se tornará cada dia mais inabitável.
Em nosso país, por exemplo, onde tudo pode ficar pior do que está, foi autorizada há menos de uma semana a instalação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Depois de 20 anos de uma novela repleta de jogo de interesses, o Ibama bateu o martelo e vai sim mandar colocar pra correr das margens do Rio Xingu as populações ribeirinha e indígena (de nem sei quantas etnias), pouco se lixando para sua relação sociocultural com a região. São quase dez mil famílias que ficarão sem eira nem beira em prol do progresso não se sabe necessariamente de quem. E ainda dizem que isso aqui é uma democracia. Que beleza!
A degradação dos recursos naturais e a “modernização” que tem entupido a cidades como Salvador, de fumaça e condomínios fechados, são outros belos exemplos do que está se transformando o nosso meio ambiente. Eu ainda nem cheguei aos 30 anos e já vi minha cidade passar por uma mutação que beira a insanidade. Uma vez que, eu duvido muito que estejam estudando a fundo a viabilidade e os impactos em longo prazo de determinadas obras que vão brotando aqui e ali.
Eu não quero me mudar pra o Capão e viver de alimentos colhidos no meu quintal. Mas, se um pouco de consciência pode ser minha salvação no meio desse caos, vamos tentar pensar melhor no que fazemos com o resto de nossas vidas da natureza e dos recursos que temos, pensar em quem elegemos para promover as políticas ambientais, educar melhor as próximas gerações. Pois se a gente sobreviver a 2012, pode ter certeza que a coisa vai ficar bem mais difícil.
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