quinta-feira, 2 de junho de 2011

Nojos urbanos

Eu sou virginiana e por isso sinto muito, muito nojo de algumas coisas. Fico com raiva das mães que ensinam seus filhinhos a fazer xixi no meio da rua, porque eles crescem e continuam tirando pau e mijando em qualquer lugar. Imbecis! Tenho nojo de pessoas que metem a mão no nariz e fazem bolinhas de meleca enquanto esperam o sinal abrir. Por que não vão batucar no volante? Por que não vão contar carneirinhos? Detesto homem que escarra. Ok, todo mundo escarra. Mas eu odeio homem que escarra na rua e, pra piorar, ainda sai limpando as mãos em qualquer coisa. Não suporto quem limpa as mãos em qualquer coisa. Aliás, eu odeio quem limpa qualquer coisa em qualquer coisa. Qual a dificuldade que as pessoas têm em lavar a porra das mãos, como foi ensinado naquela musiquinha que eu ouvia na minha infância assistindo RÁ - TIM – BUM? Detesto também aquela merda do carrinho de supermercado onde metade do universo já colocou a mão suja. E detesto corrimão. O que eu corro é o risco de qualquer dia rolar escada abaixo porque sinto asco em imaginar a quantidade de mãos de punheteiros e sacizeiros que já tocou ali. Não gosto de toque. Mas, não gosto mesmo, tenho pavor quando um desconhecido me pega. Que mania as pessoas tem de tocar os outros. Que coisa mais absurda! Não suporto gente que conversa batendo. Não me bata! Fale que eu estou ouvindo. Não venha com suas mãos encharcadas de suor me pegar. Aquele suor frio alheio me dá náuseas. Também tenho pavor de quem faz comida emporcalhando a cozinha inteira. Tenho muito nojo de lixo sem tampa, inclusive na cozinha. Aliás, odeio coisas sem tampa. Por favor, tampem as coisas, principalmente na cozinha! Não suporto cachorros se esfregando na minha perna ou soltando pelos por todas as partes da casa. Ou melhor, não suporto cachorros, nem peludos e nem pelados, a maioria dos animais são verdadeiros focos de doença e imundície, se você resolve ter um, pelo menos o envie regularmente ao petshop, ok? Detesto o lixo arremessado pelas janelas dos carros e ônibus. Que prazer é esse que as pessoas sentem em emporcalhar a cidade inteira?   Enfiem a droga do lixo dentro de suas bolsas. Aprendam a usar a lixeira. Não gosto também de quem dá descarga com a tampa da privada aberta e odeio toalha molhada em qualquer lugar no qual não seja possível que ela esteja secando, como por exemplo, em cima da cama.  E, tirando todos esses nojos urbanos, ainda acredito que é possível viver nessa “civilização”.

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