segunda-feira, 30 de maio de 2011

A bruxa de mim mesma

Minhas amigas acham que eu sou tão perversa que pratico bullyng comigo mesma. O pior de tudo é que, se isso é mesmo verdade, eu não tenho ninguém que possa me salvar das minhas próprias garras. Fudeu! Elas acham que meu cérebro é uma espécie de Caruso do seriado Everybody Hates Chris, pronto pra socar meu coração toda vez que ele começa a ficar alegrinho. Minha mente deve ser aquele bonequinho de Jogos Mortais fazendo sempre armadilhas cruéis comigo mesma em uma, duas, talvez cinco edições consecutivas. Meu subconsciente pode ser a bruxa que envenenou a maçã da Branca de Neve ou a madrasta má que sacaneava a Cinderela e, por isso vive mandando mensagens escrotas para o meu consciente toda vez que ele começa a resolver pintar o mundo de cor-de-rosa. Dentro de mim há uma eterna convenção de vilões que vão desde o Coringa até o Vingador, prontos para lançarem poções, venenos, me trancafiar em calabouços e fazer coisas maquiavélicas e tudo mais que for possível com a tecnologia 3D. Ainda assim, graças a algum superpoder adquirido, eu não consigo sentir um pingo de pena de mim. Que ótimo, porque eu detesto auto piedade. E continuo desenvolvendo essa relação esquizofrênica comigo mesma que as pessoas veem como uma espécie de autoflagelo e eu prefiro chamar apenas de instinto de sobrevivência.

Um comentário:

  1. se achando má assim...com certeza tem um lado bom, amigo, companheiro q compensa tudooo..afinal todo mundo tem um lado "má",uns afloram mais outros menos...

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