segunda-feira, 2 de maio de 2011

Obama matou Osama

A páscoa foi na semana passada, mas nesse domingo o presidente dos EUA matou dois coelhos com uma cajadada só. Obama matou Osama e, consequentemente, também matou Bush de inveja. 

Foi com a notícia da morte do terrorista (odeio esse termo) ao qual inferem a autoria dos atentados de 11 de setembro de 2001, que finalmente foram desligados os holofotes do casamento real, que deixou todo mundo meio fora da realidade nos últimos dias. Segundo a polícia do mundo, vulgo Estados Unidos da América, o planeta Terra é agora um lugar melhor e mais seguro por causa da morte de Bin Laden. Peraê! Alguém faz o favor de avisar pra eles que em uma cidade há 108 quilômetros de Salvador ocorre em média um homicídio por dia e que a morte de Osama não interfere nesses assassinatos, pois Al Qaeda não tem nada a ver com isso?

É bem verdade que, depois de um verdadeiro tornado de tragédias climáticas, crises políticas, guerras e congêneres que vêm acontecendo sobre os cinco continentes, anunciar - mesmo que seja com quase dez anos de atraso – a morte de uma lenda do terror é uma ótima cartada para o lançamento de uma candidatura à presidência. É com um alívio enorme que Barack Obama apresenta o corpo de Osama para os obituários da imprensa internacional e aproveita para lançar o seu à reeleição. Nada é por acaso.

Enquanto o povo mais patriota do universo se agita com esses acontecimentos, numa espécie de carnaval fora de época (ou seja, uma década depois), a patrulha internáutica já lançou mil e uma teorias de que o barbudo islâmico morto numa operação que vai render bastante nas produções hollywoodianas não era Bin Laden. Estão dizendo até que a foto oficial da ação era só uma montagem de photoshop. Será? Sei lá, viu?

O que sei é que se as agências de espionagem americanas demoraram tantos anos para achar e prender esse homem, me digam quanto tempo e estratégias serão precisos para achar as tais 70 virgens que, segundo as leis do Alcorão, esperam Osama do outro lado da vida?

Um comentário:

  1. POis é, Daza... O mundo está recheiado de ironias e contradições de mau gosto. Há quem aqui, em pleno território soteropolitano, vibre com o acontecemento que em nd muda nossa rotina, diferente do que ocorre com nossos problema reais, como trânsito e metrô, por exemplo.
    Chega a ser cômico a nossa passividade, mas cômico, não me entenda mal, daqueles tipos mais ridículos e mal elaborado de piada.

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