Ok caros leitores, eu já falei por aqui que não ligo a mínima para futebol. E, se não ligo pra o esporte, me interesso muito menos pelos torneios que o envolvem. Portanto, não queiram me convencer a sentir emoção, entusiasmo ou euforia pelo fato do próximo mundial ser sediado no Brasil. Quanto à campanha Abre a Copa Salvador, eu sugiro colocá-la no fim de uma longa lista, pois existem umas outras 247 campanhas mais importantes que dela, envolvendo temas muito mais relevantes e de interesse de grande parte da população.
A edição da Revista Muito do último domingo, trouxe uma entrevista (comprida e chata como uma espada) com Ney Campello, secretário extraordinário do time de Jacques Wagner designado para resolver os pepinos inerentes à participação da Bahia nesse grande evento futebolístico. Ele falou, num blá, blá, blá sem fim, sobre o quanto o estado está adiantado – apesar do relatório do CREA apresentado ontem afirmar que está tudo atrasado - e sobre as chances da capital baiana ser escolhida como local para abertura do torneio, coisa que eu não acredito e ainda que acreditasse, estou tão preocupada com as obras da Copa, quanto com a queda ou aumento do preço da arroba bovina. Me poupe!
Primeiro porque eu acho que em vez de se preocupar eu preparar a cidade pra Copa, esse povo deveria se preocupar em preparar a cidade para o dia a dia normal dos soteropolitanos. Coisas básicas como alternativas de mobilidade não andam satisfatórias nem em dias de jogos do Bahia contra o Atlético de Alagoinhas, imagine durante a apoteose do esporte que é paixão nacional. Isso pra não falar nas questões envolvendo saúde, limpeza da cidade, segurança e etc. A Copa de 2014 vai resolver tudo isso? Se não for, me dá licença que eu tenho mais o que fazer. Tem escolas da rede municipal que não começaram as aulas até a presente data, enquanto nossos governantes só se preocupam em fazer um make up para arrancar mais dinheiro da Fifa.
A briga anda quente porque a conversa é de milhões. Empresários de ônibus estão nervosos para garantir sua parte no bolo. E por isso, de uns tempos para cá, apareceram do nada umas siglas confusas, querendo nos provar através de projetos que serão votados ninguém sabe por quem, que vai ser possível chegar aos locais dos jogos antes que o juiz erga o braço encerrando a partida. Que ótimo! Mas, eu continuo pouco me lixando. Até porque, até a beatificação de irmã Dulce e a morte de ACM (eu pensei que não viveria para ver isso) saíram antes que o (mini)metrô ficasse pronto.
Por isso, caros conterrâneos, esqueçam a Copa e vão cuidar da vida de vocês. Até 2014 há muito que se fazer.
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