Vítima de uma séria crise de inspiração, comecei a recorrer a diversas fontes em busca de algo que me motivasse a escrever. Isso porque, passei dias decidida a não falar dos meus três temas prediletos: falar mal dos homens, falar mal da administração de minha cidade e falar mal de mim mesma. Aí, eis que uma grande amiga e assídua leitora deste blog, inspirada por Carrie Bradshaw e por sua atual situação pessoal, me arranjou não só um tema, como também um esboço para que eu me baseasse. Assim, me inspirei a escrever sobre abstinência sexual.
É inacreditável, porém há fases na vida que encontrar alguém para fazer um sexo satisfatório - pelo menos com início, meio e fim - é uma coisa tão difícil quanto achar promoção de passagem aérea para o Rio de Janeiro no carnaval. E, nesses dias (quando não viram meses) sem sexo, não tem torta da Viva Gula, colo de mãe ou celular com bônus de sobra para falar com aquela amiga confidente que deem conta.
A famosa “seca” é uma coisa pela qual, certamente, todo mundo já passou e quem ainda não passou, vai ter sua triste vez (maldição!). Porque cedo ou tarde chega aquele dia que você não tem absolutamente ninguém nem mesmo para fazer um sexo meia-boca. Você não é procurada e muito menos tem a quem procurar. Essa cruel pausa na vida sexual pode acontecer por diversos motivos e, seja lá qual deles for, nenhum é muito legal. Você pode estar sofrendo com o fim de um relacionamento e não querer saber de homens/mulheres tão cedo, você pode estar com foco em sei lá o quê e estar sem tempo de sair para conhecer pessoas novas, você pode estar confinado há léguas de distância de seu parceiro, ou pode simplesmente não estar chovendo na sua horta, mesmo que você esteja completamente à procura.
Ok, eu acredito que quase todos os homens não prestam, ficam na exceção aqueles que nos dão jóias da Tiffany e que já leram Virginia Woolf- nunca achei um exemplar desse – mas sou adepta daquela máxima super cafona de que “ruim com eles, pior sem eles” que minha avó já conhecia. Sem eles é pior porque uma vida sexual inativa é praticamente como ter um cartão sem limite e nenhuma loja para comprar.
Sem falar que, eu não sei por que, mas quando você está há 364 dias e seis horas sem sexo, tudo que vê em sua frente são casais se agarrando. Parece literalmente sacanagem, é incrível como as pessoas resolvem manifestar o “amor” diante dos seus olhos, como se quisessem te lembrar da falta que faz ter qualquer coisa. Seja no ponto de ônibus ou na praça de alimentação lotada de um shopping center, o mundo grita que você precisa logo arranjar nem que seja um vibrador e uma boa coleção de pornôs. É fato, quando você não fode, todo mundo resolve fuder, só pra te fuder.
A gente só não liga para sexo, enquanto não começa a praticar ou quando está praticando em excesso. Caso contrário, mesmo o ser humano mais conformado com seu estado sexualmente vegetativo, tem seus dias de subir pelas paredes. Nesse quesito, luas cheias, noites chuvosas e picos hormonais aumentam os transtornos. Enfim, aos sedentos, só resta vislumbrar seus oásis e desbravar seus sertões. Boa sorte!
PS.: Minha amiga que me inspirou o texto solicitou que sua identidade fosse mantida em sigilo, porém se você tem 1,90 m, barriga de tanquinho e está interessado em resolver o problema dela, me mande um e-mail!
kakakakakakakakakaka..ri muito e me identifiquei com o texto,embora eu nao tenha sido a sua amiga inspiradora para o texto,eu o relataria da mesma forma para vc...e como adoro copiar as melhores frase dos seus textos..adorei essa: "É fato, quando você não fode, todo mundo resolve fuder, só pra te fuder."
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