Ser Jornalista é ter que chegar sempre antes e ir embora muito, muito depois. É ter a palavra precisa para transmitir um acontecimento exatamente como se deu. É receber portas na cara, e um sem número de “nãos” quando se deseja mexer na ferida de alguém. É ser xingado, humilhado e desmoralizado diante de qualquer mínimo erro. É não poder chorar quando a realidade nos põe frente a frente com as situações mais incríveis. É não poder esbofetear quanto esta diante de pessoas cínicas, ridículas. É saber perguntar aquilo que o mundo inteiro espera ouvir. É saber ouvir. É ter que saber sempre o máximo de tudo. É correr incontáveis riscos. É chegar perto, bem perto. É suportar o desemprego imposto por um mercado de trabalho filho da puta que não nos valoriza. É aguentar escalas, rotinas, correrias. É promover a cidadania. É dar voz e espaço a quem já quase não consegue falar. É ser chamado de inconveniente, de fofoqueiro, de explorador da dor alheia e de tantas outras coisas. É suportar pessoas que não estudaram nem um décimo do que estudamos e se acham capazes de trabalhar em nossas funções. É encarar as celebridades e seus chiliques desnecessários. É ter que aguentar colegas que arrastam para o lixo o nome de nossa profissão com atitudes toscas e indignas. É trabalhar na deliciosa e ao mesmo tempo ingrata função de transformar o real em notícia, seja esse real como for.
PARABÉNS A TODOS NÓS!
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