quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A vida de quem não vive sem celular

Primeiramente gostaria de dizer que eu não sou nenhuma “eco-natureba” avessa a tecnologia. Muito menos uma invejosa sem dinheiro que fala mal dos outros porque não pode ter. Mas, vamos combinar que algumas pessoas simplesmente exageram nessa onda de conexão total. É muito celular, chip e serviço para pouca utilidade.

Tem gente que não crê que eu passei quase um mês sem celular e não morri por isso. E se voltei a ter foi essencialmente pela preocupação em ser convocada para uma entrevista de emprego e não poder contar com esse meio. Convivo com pessoas que, ao contrário de mim, desfilam com aparelhos de não sei quantas operadoras e que não passam menos de 5 minutos sem dar uma conferida no visor de seus celulares. Vejo por aí um monte de gente que sofre horrores quando o celular fica sem bateria ou quando esquece em casa e que tem depressão instantânea quando perde uma ligação e não sossega enquanto não retorna ao chamado, muitas vezes, dispensável. Não canso de ver uma pessoa ou outra de cara pra cima procurando sinal para receber ligação de ninguém. Pra que tanto? 

O celular é útil, facilita muito as nossas vidas, chega a ser indispensável para alguns profissionais, mas que eu me lembre não me aconteceu nenhuma tragédia irreparável por eu ter ficado esses dias sem um aparelho móvel. Até porque, eu tenho e-mail, msn, telefone fixo e - que eu saiba - não sou o ser humano mais procurado do mundo. Acho que, de repente as pessoas resolveram viver nessa paranoia do “preciso ter” e por isso têm. Uma necessidade incrível de ser encontrado, sem ter, muitas vezes, nem quem te procure. Então me poupe!

Outro dia, estava no cinema com minha irmã, e uma mulher na fileira em frente ficou fazendo nem sei o que no Iphone praticamente durante toda a sessão. Dá pra acreditar? Tem gente que para conversa séria ou paga mico no meio de uma reunião ou aula porque o celular começa a tocar, como se quisesse gritar que o mundo dentro daquele aparelhinho é mais importante do que qualquer compromisso que esteja acontecendo naquele momento.  Isso pra não falar daqueles episódios em que uma ligação destrói um namoro, uma boa transa, uma maravilhosa noite de sono ou sei lá quantas outras coisas.

O mundo realmente mudou e está aí uma série de artefatos eletrônicos e portáteis que facilitam nossas vidas. Eu amo isso, pois além de ser dessa geração hiper conectada, eu sou profissional da área de comunicação. Sei que os celulares hoje podem ser usados para infinitas e ótimas atividades, mas, me desculpem meus queridos, eu acho que vocês andam exagerando. Existe vida sem celular e, fiquem sabendo, não é tão ruim assim.

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