quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A poderosa Carla Bruni

      Ela está construindo uma casa aqui na Bahia, em Itacaré e é dona de uma voz suave e marcante. Eu por sorte, vagando esta tarde pela TV à procura de algo interessante para assistir encontrei o documentário Carla Bruni Sarkozy: privacidade e política, no canal GNT. E ainda que já tivessem passado uns 15 minutos do início do filme, resolvi assisti-lo. 
     Carla Bruni se apresenta bastante confortável diante das câmeras, seja nas cenas de viagens e compromissos presidenciais – vemos inclusive a visita dela ao Brasil - seja ao ensaiar com o músico Dave Stewart, seu amigo pessoal, ou até mesmo ao comentar sobre a imagem que o mundo faz de uma primeira dama que já pousou nua e há poucos meses foi chamada de prostituta pela imprensa estatal iraniana. 
      A mulher que antes de ter como residência o Palácio Eliseu em Paris, já havia sido modelo e possui ainda hoje uma carreira como cantora, compositora e atriz, está casada há pouco mais de 2 anos com o presidente francês, mas já esteve muitas vezes nas manchetes de grandes jornais e revistas.
      A franco-italiana já virou uma figura notável de nosso tempo e esse documentário trata de mostrar isso em lentes de aumento, uma vez que Nicolas Sarkozy fica em segundo plano (ainda que o motivo do documentário seja ela ser a primeira-dama francesa, isso não é o ponto central). Algumas cenas e declarações até me levaram a fazer um paralelo entre ela e mulheres como a princesa Diana, Jacqueline Kennedy e Michelle Obama. Não por se envolverem em causas humanitárias, porque essas coisas fazem parte da vida de qualquer mulher de um chefe de estado. Mas, porque Carla consegue ser vista para além deste ‘cargo’ de esposa, assim como a princesa- detestada pela família real inglesa e ovacionada pelo resto do mundo -, Jacqueline – que se tornou ícone de estilo e elegância e não fez questão de perpetuar a imagem de eterna viúva presidencial- e Michelle - a mulher negra mais poderosa do mundo – . São mulheres que não ficam esquecidas na história como tantas outras primeiras-damas.
     Bruni declara em uma das cenas finais que aquela é a última vez que ela fala sobre si mesma (já existem 2 documentários anteriores a esse). Aquilo me soou como se ela não fizesse questão de mostrar ou provar coisa alguma. E eu se já gostava da imagem dela antes de ver o filme, agora gosto mais ainda.

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